quarta-feira, 14 de março de 2007

Web 2.0

A definição mais difundida do tema está no Wikipedia:

"Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva"
Tim O'Reilly



No final das contas a Internet sempre esteve aí (ou desde 1984). O conceito da Web 2.0 é que agora temos muito mais gente navegando com melhores ferramentas e mais infra-estrutura (a bolha ajudou muito a cabear o mundo) e usando as possibilidades da Web. Estamos lambusados pelo poder de escrever (quando eu imaginei que escreveria um blog?), publicar, opinar, distribuir uma mensagem para um bando de pessoas, falar com todos nossos amigos ao mesmo tempo, mostrar fotos, vídeos. .









O Brasil é o líder mundial em permanência on line. São 17 horas, quase 20% na frente dos franceses, segundo colocado (dado de 2005) e já somos quase 7 milhões de pessoas conectadas em banda larga com mensalidades fixas, o que significa muito mais possibilidades on line. Se olharmos para trás, não muito longe, contávamos no relógio o tempo conectado já que o preço não era fixo e contávamos os segundos a cada click. Este é o novo cenário de conectividade que o mundo assiste. Estamos experimentando o mundo conectado coletivamente


Até hoje, desde a invenção da prensa no século XV por Gutemberg, a comunicação ou mídia sempre foi feita de um para muitos.

Pela primeira vez na História da humanidade temos uma mídia (ou plataforma) de muitos para muitos.

A Web 2.0 está proporcionando uma dês-massificação ou individualização em rede.

Como crianças com brinquedo novo (lambuzados pelo poder), socialmente estamos nos comportando hora como celebridades (e como ouvi outro dia,não me lembro onde e nem de quem que todo mundo já teve ou terá seu dia de celebridade), hora como seres normatizados que não podem perder nada que acontece ou que "todo mundo" está fazendo (você ainda não está no Orkut?; você ainda não fez a dieta tal?) Como se fossemos capazes de fazer tudo.
A sintonia fina destes dois extremos é o homem conectado maduro ou o cidadão 2.0. Em algum momento sairemos do Orkut (a maior comunidade no site é brasileira) para comunidades colaborativas produtivas? (perguntas, lembra? o que importa são as perguntas)

Na definição de Web 2.0, chama atenção “melhor quanto mais as pessoas usam”

Qquando digitamos uma palavra errada no Google, o sistema “descobre” que está errada por que outros milhões de pessoas digitaram a palavra de outra forma, não necessariamente a certa. O sistema infere que estatisticamente, mais pessoas digitam a palavra corretamente do que errado. O sistema infere que coletivamente somos mais eficientes.

No Wikipedia, dicionário que funciona como uma comunidade colaborativa, você pode entrar e fazer uma definição sobre algum verbete. Você pode até escrever algo sem sentido. O sistema ou as pessoas e agentes irão naturalmente evoluir e chegar a definição mais aceita sobre aquele tema.

Quanto maior a escala, ou quanto maior o universo de pessoas que acessam o Google melhor o resultado que o sistema te entregará. Quanto mais gente participar do Wikipedia melhor serão as qualidades dos verbetes.

Olha que boa notícia para os que não se julgam privilegiados: Coletivamente somos inteligentes.

Arrisco-me a dizer que coletivamente somos do bem. Fica muito mais fácil pensar coletivamente no mundo conectado em exponencial. (Pretendo ir mais a fundo nisto futuramente)









Lembra que um dia você falou para o seu filho que você só furou a fila pelo acostamento na estrada porque todo mundo estava furando? Será que o “todo mundo” maior não estava na fila?