quarta-feira, 11 de junho de 2008

Em quem confiamos?



A mais recente pesquisa global do instituto Nielsen, publicada em outubro passado, sobre a credibilidade da propaganda diz que, no final das contas, em nós mesmos.



78% dos entrevistados dizem acreditar mais nas recomendações de seus pares do que 63% dos jornais e 56% de TV’s e revistas.


Outra pesquisa com americanos entre 24 e 35 anos, publicada pela Edelman Trust Barometer, agência londrina que realiza estudos sobre credibilidade de instituições, coloca em último lugar com 22% (dos que respondentes consideram extremamente confiável ou muito confiável) propagandas de produtos ou empresas.




Em busca da credibilidade perdida, e de carona no próximo, a propaganda faz agora filmes comerciais com “gente de verdade”. Parecer natural está ultrapassado. Têm que ser natural de verdade. O branco do OMO deu lugar ao verde sustentável do Real.



O Big Brother nos ensinou que agora na mídia vale mais a imperfeição do real de verdade do que a perfeição do real de mentira.



Na Internet não é diferente. O real de verdade do You Tube é mais popular que o real de mentira. Os banners são os penúltimos da lista da Nielsen com 26% de credibilidade.



O que a web traz de diferente é que pela primeira vez na história estamos diante de uma mídia de massa onde muitos interagem com muitos, imbatível para que exerçamos o ato de trocar recomendações.



A grande rede parece mais propícia aos ambientes independentes e legítimos ou a legitimação de ambientes mais transparentes. São numerosas e populares as comunidades independentes que, não raro, organizam-se com recomendações de produtos, serviços ou empresas.



As comunidades artificiais ficam as moscas e manipular os verbetes da Wikipedia (em segundo lugar no Trust Barometer, com 55%) fica feio para quem faz. Velhas práticas em novos ambientes podem fazer mal a saúde de uma marca, adverte-se.



E aí? Como eu faço para divulgar minha empresa neste novo cenário?



Se você acha que o sucesso de seu produto ou serviço depende mais de campanhas milionárias com belas sacadas publicitárias, nem sempre próximas do valor que o produto gera na cadeia, talvez você precise rever seus conceitos.



Identificar precisamente quem são as pessoas para as quais seus produtos ou serviços fazem realmente a diferença e incentivá-los a recomendar (a web parece boa para isso) soa mais eficiente. Focar no cliente (de verdade) não parece ser uma grande novidade.



Uma coisa é certa. Nunca foram tão abundantes as ferramentas de recomendação (leia-se a penetração da web em todas as camadas sociais).



Alguém está, neste momento, escrevendo alguma coisa sobre sua empresa ou produto. E estamos falando do real de verdade.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Da onde veio o mundo?


Há algum tempo meu filho André de 4 anos me faz esta pergunta. Outras tão profundas e desconcertantes vêm juntas. Da onde vem a gente? Por que o mundo é assim?


Tenho alternado (dependendo da energia do momento) respostas simples e evasivas ou profundas e técnicas como a teoria do Big Bang. Foi Deus que criou o mundo (esta é a mais fácil).

Da onde veio Deus? (opa!)

Puxa, pensei. São as perguntas mais básicas de todas. As principais para quem acabou de chegar ao mundo e a descobrir as coisas.É como começar a trabalhar em uma empresa e perguntar o que ela produz ou vende ou como entrar em um trem e perguntar de onde ele vem e, para onde ele vai.


E, eu nesta “empresa”, neste “trem” , sem poder responder para meu novo colega quem somos, ou de onde viemos.

Eu admiti ao meu filho: Não sei.

Cada hora um tipo de reposta faz sentido para o papai. Depende da idade e do momento de vida. Me ocorreu que já fazia algum tempo que não pensava sobre o assunto.

Pedi então para o André que me prometesse: Nunca, pare de se perguntar estas coisas.

Mas, de onde virão as respostas mais importantes?


Do seu professorzinho. Ele fica ai dentro do seu peito. Ele sabe mais que o Papai e que todos os professores e cientistas do mundo reunidos.