terça-feira, 1 de junho de 2010

Brazil

The subprime crisis was hitting the United States as a tsunami but just “marolinhas” (small little waves) were showing up in here. The Piigs were scaring Europe, but Brazil was creating the biggest barbecue of the world with the biggest beer company (AB Imbev) and the biggest meat company (JBS-Bertin) consolidated by Brazilian leaders.

Who could´ve imagined, yeas ago, that a president emerged from our lowest self-esteem would be among the international leaders and a potential candidate for the  Nobel prize ?

If, economically speaking, the world is driving through accidental and unknown roads, having already used its only spare tire, Brazil is showing incredible off-road abilities. Never our economy was so healthy.

The world is getting just like Brazil. We are experts with the unpredictable. We have always been like that. In this kind of scenario that seems scary for the rest of the world, we know as well as the environment of a soccer game.

Domenico de Masi, has launched in the end of the last decade the concept of the creative idleness, expression that originated his book. According to the sociologist concepts, it is possible to achieve a level of activities that involves fun, work and study at the same time.

The writer gives complements to the Brazilian stile of life that maintain good equilibrium between work and fun.

We have a healthy irreverence the makes us think “out of the box”, desirable in times like these. Our flexibility to adapt ourselves to rapidly scenario changes and the guts to take risks, other than a high capacity to built durable relationships are some of the characteristics that are making the Brazilian executives wanted in the real corporate scenario.

Among the Brazilian characteristics, is the constant leadership regarding the internet usage, with more than 48 hours monthly among the 70 million plus web users that deal with a limited accessibility on broad band connection.

Some companies still limited the internet access to its employees try to stop a river with exponential growth. Is there enough bricks and mortar or is this our wave?

Yes, there are waves in rivers. Guess from who is the time record of staying in a single wave in a river? Brazilian from Parana at a “pororoca”, Amazon

Is Internet competing with the productive and creative time of the people at their jobs or is it becoming the right environment for what the sociologist has called activities that involve fun, work and study at the same time, enhancing the best of us, Brazilians?

Maybe we are entering in the time where the motivational attachment (our best field) finally prevails over the employment attachment. It will not survive to the Brazilian samba if the first one does not exist. At the end of the day what really matters is the capacity of a project, brand, company, community or a product or service stimulate our passion in work, communicate, help, share, criticize or consume – actions presents in the web platform anywhere in the world, anytime at any Smartphone, iPad, Tv´s or even PCs.

We have to bring Brazil to leadership, world´s expert in passion and irreverence, what turns the web (and the world) from oppressive to liberating, from dispersive to productive, from independent to interdependent. The world entrepreneurship demands imagination, our imagination.

We are also the Brazilians who put passion in everything and think big other than the ones that never give up. The world already knows that.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

E se...

Não precisamos ser tão radicais como Philip Kotler, guru do marketing moderno, quando diz que a mídia de massa morreu, mas conversar diretamente com seu público alvo pode fazer bem para a saúde das empresas, principalmente num cenário pós-crise onde eficiência parece ser sinônimo de sobrevivência.




A indústria automobilística no Brasil representa 20% do PIB. Até 2011 deveremos ter cerca de 20 montadoras aqui instaladas, já figuramos entre os 5 maiores do mercado mundial (passamos a Alemanha no primeiro bimestre de 2010) e continuamos um dos primeiros em potencial de crescimento. As taxas de juros (supostamente) decrescentes, a idade da frota (em média 10 anos) e número de habitantes por automóvel (8 contra 1,3 nos EUA e 5,5 na Argentina por exemplo) são os principais fatores que sustentam esta liderança. Em 2007 e 2008 voltamos aos volumes anuais de mais de 2 milhões de carros novos registrados em 1997, em 2009 passamos dos 3 milhões, e em 2010 já se projeta crescimento de 10%.



Este cenário justifica intenso investimento de marketing dos principais agentes do segmento, em busca de fatias generosas da pizza em fermentação e, provoca alguns efeitos colaterais. Um dos principais é a redução de margens que, põe em cheque as formas tradicionais de divulgação de marcas e produtos com altos custos e índices de dispersão.



Circulam atualmente no Brasil cerca de 26 milhões de automóveis e comerciais leves, frota que deve chegar a 30 milhões até 2011, 16% da população, alvo dos gigantes do setor.

Este alvo pode ser dividido em três "áreas". Na parte externa, 25% de proprietários com carros de mais de 15 anos, 40% entre 6 e 15 anos.

No centro do alvo, 36% ou 9,3 milhões proprietários de modelos com até 5 anos, consumidores com maior poder de compra e maior freqüência de troca.



Como justificar investimento na mídia de massa para conversar com 16% da população?

Como impactar os 16% que interessam sem que o custo para tanto não acabe justificando a resposta da pergunta anterior?



O ideal seria criar uma comunidade qualificada. 75% desta comunidade seria composta por consumidores "do alvo" ou, 1,3 habitantes por veículo , a mesma qualificação do mercado nos EUA, segundo maior do mundo. O centro do alvo seria duas vezes maior para não exigir tanto da pontaria. 70% de proprietários de carros com até cinco anos.



Esta comunidade estaria conectada em rede. Nesta rede não existiriam formatos padrão que limitasse a comunicação de marcas e produtos, em tempo (30 segundos ou 2 minutos) ou, gráfico (meia ou uma página). Não haveria limites para o volume de informação ou detalhes dos produtos inclusive em vídeo.



Por outro lado, os consumidores desta comunidade se comportariam de maneira pró-ativa e investigativa, não passivamente. A comunicação de marca e produto teria que ter pertinência e relevância. O impacto da comunicação seria gerado a partir da iniciativa do consumidor 24 horas por dia 7 dias por semana.



Vale ressaltar que o terreno seria "virgem", muito pouco explorado. A exploração seria incipiente justamente pelo fato dos padrões atuais atrapalharem a visão do real potencial criado.



Nesta rede, cada membro da comunidade poderia ser abordado de forma personalizada e customizada, oportunamente, de acordo com o momento em que se encontra no ciclo contínuo de compra venda e manutenção de seu bem mais estimado: o carro.



Um pouco de escala é desejável. Esta comunidade representaria quase 40% da população brasileira, justamente a parcela mais economicamente ativa e cresceria em ritmos frenéticos.



E se...



...esta comunidade já existisse.



Bem vindo a Internet. Bem vindo ao iCarros.

Nova Lei da Sobrevivência


Lançada em 1926, e considerada por muito tempo símbolo dos carros esportivos nos EUA e umas das principais marcas da GM , a Pontiac fez seu desfile de despedida neste último dia 3 de maio. Com menos de 2% do mercado americano, batizada como o nome da cidade cede no estado de Michigan em homenagem a um chefe indígena do século XVII, todos os modelos deverão ter deixado as concessionárias até o fim de 2010.


Enquanto isso na sede da Hyundai nos EUA, os coreanos comemoram 4,7% de aumento das vendas em Janeiro em comparação ao mesmo período do ano passado com a implantação de uma campanha que garante o pagamento de prestações caso o consumidor perca o emprego, copiada agora, tardiamente pelas gigantes cambaleantes GM e Ford.

Desde então a montadora coreana foi a que mais ganhou participação no mercado líder mundial em queda livre de 40% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Do outro lado do mundo, na China, segundo mercado mundial, a mesma montadora teve aumento de 17% nas vendas em Janeiro enquanto o mercado Chinês encolheu 11%.

Qual a razão do sucesso? Qual o valor entregue ao consumidor?

Sua estratégia parece ser relativamente simples e não apenas reflexo de uma boa campanha de propaganda: Lançamentos mais freqüentes de produtos de boa qualidade e desempenho a preços mais baixos que a concorrência.

No Brasil, ela lançou pelo menos um produto a cada 6 meses nos últimos dois anos e pretende lançar outros 6 até 2011.

A estratégia sugere ser viável já que a Hyundai ganha dinheiro enquanto quase todos seus pares registram prejuízo. No primeiro trimestre do ano a montadora registrou lucro de 166,5 milhões de dólares, acima do previsto pelos analistas que, ao lado do anúncio do aumento de quase 5% na participação global da montadora, fizeram as ações da companhia dispararem.

Mas esta estratégia não é inovadora. Ela já esta presente na indústria digital desde o seu nascimento. Os lançamentos de parafernálias digitais que vão além do computador, mas representam a computação, tem uma freqüência desproporcional se comparada à indústria automotiva e entrega ao consumidor cada vez mais produtos e serviços por cada vez menor preço.

Um iPhone, além de telefone ele é máquina fotográfica, vitrola, porta CD ou MP3, GPS, guia de ruas e computador com acesso a web e tudo que ela proporciona como troca de mails ou mesmo para decidir que carro comprar e onde está o menor preço. Há 20 anos, estes produtos ou serviços, se disponíveis, custariam muito mais e só caberiam em um bom porta-malas. Hoje cabem num pequeno porta- trecos de um carro não muito diferente daquele de 20 anos atrás.

Esta evolução formidável foi possível graças, principalmente, aos custos decrescentes das capacidades de transmissão, armazenamento e processamento de dados, cunhada de lei de Moore (aumento de 100% de capacidade de processamento a cada 18 meses). Mas uma coisa são as capacidades instaladas e desenvolvidas, outra coisa é empreender ou transformá-las em valor nas cadeias estabelecidas e fazer as pessoas pagarem pelos serviços, o que remete a outra lei, a mais antiga de todas: a lei da sobrevivência.


A nova lei da sobrevivência empresarial sugere novas formas de empreendedorismo, agilidade e desprendimento que definem o equilíbrio dinâmico da nova indústria digital em beta permanente ou em constante destruição criativa.

Desde a criação da Microsoft em 1975 (que já se demonstra afetada pela idade) até o Google, passando pelo próprio Steve Jobs que se reinventou, voltando a dirigir a empresa que tinha criado, mas que o tinha despedido, esta indústria já criou e destruiu centenas de produtos, serviços e modelos de negócios diferentes.

A crise mundial iniciada no final do ano passado parece sugerir que a dinâmica do mercado digital esta mais adequada aos novos tempos de eficácia e produtividade e que a indústria automotiva mundial terá seus momentos de destruição criativa e que talvez os velhos processos de consolidação ou estatização não sejam suficientes. Há cinco anos quem imaginaria ser viável produzir um carro de U$ 2.500,00 como o Nano da Tata Motors?

No final das contas, se as oportunidades, capacidades instaladas, conectividade do seu cliente ou, seja lá o que for estão aí disponíveis e você não as estiver aproveitando ao máximo, alguém fará no seu lugar não importa em que indústria ou parte da cadeia você esteja estabelecido.